O mundo parou para acompanhar a COP 30, realizada em Belém do Pará, Brasil, entre os dias 10 e 21 de novembro. Mas, antes de qualquer celebração, é preciso compreender o que é esse evento e quais são seus reais efeitos sobre o planeta e sobre nós, brasileiros.
A COP 30 (Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) é um grande encontro mundial que reúne cientistas, líderes políticos, representantes de nações e entusiastas ambientais, todos sob a organização da ONU. O objetivo central é discutir e decidir ações concretas contra as mudanças climáticas, como:
- Redução da emissão de gases de efeito estufa
- Proteção das florestas e biomas
- Transição para fontes de energia limpa
- Financiamento internacional para países em desenvolvimento
- Cumprimento efetivo do Acordo de Paris, etc.
Eventos dessa magnitude são fundamentais. É urgente debater economia verde, sustentabilidade, investimentos em energia renovável, agricultura sustentável e a preservação da Amazônia. No entanto, o que se viu, mais uma vez, foi um grande palco de discursos, promessas e contradições.
Em vez de avanços concretos, a COP 30 acabou marcada por especulações, críticas e decepções. Houve ceticismo quanto aos resultados, disputas entre desenvolvimento e preservação, falhas de logística e custos abusivos.
Para se ter uma ideia, quem tentou fazer um simples lanche precisou desembolsar mais de R$ 70 por dois salgados e um refrigerante. Hotéis com reservas a preço de ouro, locação de imóveis com valores exorbitantes e estruturas para a realização do evento com custos inimagináveis. Pois bem, parece que todos ou quase todos os eventos governamentais em nosso país sempre têm o “jeitinho brasileiro”. Sempre há alguém se dando bem às custas dos outros. Por que será?
No fim das contas, o governo parece satisfeito com o “sucesso” da imagem que tentou vender ao mundo. Mas, para a população, o saldo é outro: manifestações de insatisfação, denúncias de superfaturamento e a sensação amarga de hipocrisia institucional.
A COP 30 poderia ter sido um marco histórico para o Brasil e para o planeta. Infelizmente, ficará lembrada como mais um exemplo de como a política climática global ainda se perde entre o discurso bonito e a prática vazia.
Por Ronaldo Dutra















