O epicentro das atenções recentes foi a revogação da Lei Magnitsky envolvendo o ministro Alexandre de Moraes. O tema mobilizou a ala extremista do país e causou grande impacto entre conservadores e membros da direita, trazendo um verdadeiro balde de água fria.
Antes de formarmos uma opinião definitiva sobre o assunto, é necessário compreender o que está em jogo e quais interesses podem estar sendo negociados. Entre as especulações mais comentadas estão a exploração de terras raras por empresas americanas e a pressão sobre o líder venezuelano Nicolás Maduro para que renuncie, evitando uma intervenção militar dos Estados Unidos e limitando a presença da China nesse setor estratégico.
O impacto da revogação, porém, não se restringe a essas negociações. Muitos líderes e ativistas de direita enxergaram a medida como uma decisão lamentável, que teria minado a esperança de uma mudança concreta no país. Por outro lado, há aqueles que interpretam a ação como uma estratégia política, possivelmente visando avançar em negociações e proteger o ex-presidente Bolsonaro de possíveis sanções legais, funcionando como uma espécie de “moeda de troca”.
Em meio a tantas especulações, uma certeza permanece: o papel institucional e democrático do cidadão deve prevalecer. Cabe a nós usar o voto como instrumento de transformação, escolhendo com critério nossos representantes. O ano de 2026 será decisivo, momento para revisar e avaliar os currículos e propostas dos candidatos, mantendo viva a esperança em nosso país e em nosso povo.
Independentemente dos desdobramentos políticos futuros, uma lição é clara: não podemos depositar nossa esperança, nossa proteção ou nossa verdade exclusivamente em outros países ou líderes estrangeiros. A verdadeira mudança começa dentro de casa, em nossas escolhas e ações.
Por Ronaldo Dutra – Cientista Político















